novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......
convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

REAL - RELATOS DE LEITORES

Sempre quis escrever um livro. Desde pequena minhas redações de alguma forma chamavam a atenção das professoras (nunca entendi o porquê). Enfim... minha intenção ao juntar alguns contos no Novelos Nada Exemplares era para que outras pessoas pudessem ler. Mas não esperava (nem sabia que seria assim) um retorno tão grande das pessoas que estão lendo o Novelos.
Confesso: adoro receber as palavras deles. Seja elogiando alguns contos, seja dizendo que não gostou muito de tais e tais, seja relatando que não entendeu muito bem esse ou aquele.
Esta é a parte mais gratificante para mim... ver que meus escritos estão mexendo com as pessoas.
Riem, fazem cara de nojo, ficam curiosas.
Sempre digo para que leiam uma segunda vez, buscando as "brincadeiras" que fiz nos contos.
Um ou outro já me manda no escrito certas revelações do que encontraram (claro que tirei esta parte nos relatos, pois quero que você, leitor, encontre sozinho).
Enfim... coloco aqui apenas alguns dos relatos que recebo!
Obrigada pelo carinho de todos!
Recebi estas palavras e as exponho!



Olá !!!!! Li seu livro. Suas inspirações são as melhores, mas o livro é original. Lembrou-me a despretensão e ao mesmo tempo o trato leve e cuidadoso da língua , como nos contos de Machado de Assis. O sabor sutil e rico da língua portuguesa também encontrado nos modernistas portugueses. Aquele cuidado de filologista artesanal ou artístico de um Hesse ou dos Grimm. Alíás, senti muito do fantástico ( simbologias do inconsciente) na sua literatura.....Desculpe são só algumas referências que me vieram a mente para se juntar a sua obra que é única. Impressões particulares .......... Parabéns !!!!!!

Andrey Luna Giron (professor, pintor e artista)

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Bom dia querida Susan.

Dizer que me senti extasiado ao ler seu livro seria o mínimo que minha pessoa sentiu ao lê-lo, dizer que me senti um deus do Olimpo, dirias que usei parte de algum conto. Mas é simplesmente lindo gostoso, limpo, diferente, tranquilo, enfim não é por seres minha amiga e gostar muito de ti que ficarei achando adjetivos. Como o Ventureli colocou na apresentação, e até frisei a ele, nos instantes em que trocamos poucas palavras, que concordo plenamente com a esterilidade que passa a literatura nacional. Bem! com aqueles dizeres dele lá mesmo, então quando a gente começa a ler, vê quem nem tudo é assim no mundo das letras, um livro muito bem construído, bem pensado, contos saborosos em que se vê todas aquelas nuances de autores que você citou e que vem em reverberações nos teus contos de uma forma muito sutil.

Magnífico, e quando a gente começa a fazer algo, principalmente a escrever, não para mais, espero que este tenha tirado aquela friozinho na barriga, aquela hesitação de tempos. Nunca escrevi, mas acredito na angústia de vocês quando estão diante do texto e dão uma mexida aqui ou ali, para ver se não fica melhor, ou se talvez gostariam que fosse dito desta ou de outra forma tal coisa. Enfim acredito plenamente nos anos que dizes que foi de preparação. Mas agora foi lançada ao mundo das letras, nascestes, agora é esperar é só esperar a maturação no imaginário das pessoas com seu estilo, que todos percebem ao lê-lo. Magnífico.Beijos.

Eleotério de O. Burrego (ex-dono de livraria, leitor assíduo e ser humano incrível)

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Oi, Susan

Recebi seu livro na semana passada e li no fim de semana. Achei muito legal, bem seu estilo mesmo, você que adora o fantástico e é super-fã do Cortázar. Parabéns! Como o Venturelli diz no livro, você usou os contos como se fossem quadros que estava pintando, a escrita como obra de arte e não como veículo para contar uma história. A única coisa de que não gostei foi o fato de você não ter autografado o livro pra mim ... sniff! Mas na próxima vez que a gente se encontrar eu levo o livro e você assina, tá bom?
(...)
Fiquei com a impressão de que os comentários do Icaro foram, ou podiam ter sido, feitos por outra pessoa, um leitor crítico que se dispusesse a comentar cada conto. Já os comentários do Oraci só podem ter sido feitos por você, já que ninguém seria tão rude a ponto de escrever aqueles comentários e ainda mandar para a autora :-) Os comentários de ambos são seus ou os do Icaro são de outra pessoa?

Enfin, achei muito legal, espero que faça muito sucesso.

Marcos Oliveira (analista do Banco Central, “escritor” e ex-aluno)


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Susan, li teu livro. Fiquei maravilhado. Os contos interagem como se fossem partes de um romance. Mesmo tratando de assuntos diversos, parece haver um fio condutor, que em minha opinião é o estranhamento em relação à vida. Não há respostas para estar-se vivo, então se nossas mãos atravessam o mármore de um túmulo, como em "Fissura", esse acontecimento passa a ser pouco estranho se comparado ao simples fato de estarmos vivos. Sexo, morte, desejos, tudo está boiando conosco no oceano dos tempos ( e do tempo) e emaranhando o novelo, que também somos nós. A influência de Cortázar não te tirou a independência, nem diminui teu trabalho, afinal de contas não existe escritor que não receba influências. Senti também uma força parecida com "O Aleph" do Borges, é literatura quântica, que nada exclui, que nada renega, porque entende que todas as realidades estão entrelaçadas. Não se importe com as glórias e reconhecimentos, pois às vezes as próprias virtudes de uma obra são impecílios para as láureas fugazes. Mas você plantou tua semente e ela germinará uma árvore frutífera.
Guido Viaro (escritor e diretor do Museu Guido Viaro - ver mais detalhes em http://www.museuguidoviaro.org/)

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Li os seus preciosos, coloridos e aconchegantes novelos.



Só tenho que te agradecer pelo livro, é uma joia.
Obrigado!
Bem, você quer meus comentários? Não, né? hahaha.
Então, a leitura flui bem, é leve, sutil. Amei os seus companheiros de caminho, Ícaro, sim, é sensato.

Você tem o jeito de contar, num primeiro momento gostei das referências que faz a Cortázar, por exemplo, mas depois foi ficando pesado, não sei se é porque sou leitor faminto de Cortázar, e sabia do livro, página, casos em que estavam certas referências, algumas podem até passar despercebidas por você. Gostaria de você mais solta, todos sabemos que você ama Cortázar.

Gostei do "Calidoscópio", conseguiu construir uma bela imagem. "Estranho Corpo" ,como disse o Venturelli, achei "verde", falta alguma coisa, alguma tensão, não sei. "Errata", achei maravilhoso, pela simplicidade, pelo jogo, a graça. "Ano novo, velho amor", ótimo. "Em volta", quando li, fiquei com a sensação de que falta coisas, que você deveria ter continuado. Em "Desdobramento", achei forçado você colocar a "antakarana", aquele não era o momento, achei também "verde". "Rita Mens" é um bom texto. Enfim, gostei de vários outros. E está aí os novelos que me chamaram a atenção. Não sei se era esse o comentário que esperava, fui, pelo menos, sincero.
Esperarei o próximo livro.
(Acacio Scos - amigo, leitor, mestrando de Cortázar, blogueiro de Vida Clandestina e........ chato hehehe)



Apenas palavras,
mas palavras que penetraram em minhas entranhas!
Obrigada!





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FICÇÃO - SUSAN SONTAG


Chuva forte lá fora, os raios e os trovões acendem ecos do passado. Aproveito para ficar enrodilhada no sono leve, tão leve que não resiste às palavras de meu amigo que mora comigo. Ele tem o hábito de ler em voz alta. Frase por frase são lidas, depois relidas apenas mexendo os lábios e, por fim, ele fica repetindo a frase em sua cabeça, com o livro entreaberto no colo, os olhos mirando o teto. Depois vem outra frase, e assim por diante.


Acompanho sua leitura. Algumas vezes também olho para o teto, em outras me encosto em seu corpo morno e ele, tão concentrado, apenas passa a mão em minha cabeça. Hoje está um dia para meditar: a chuva é fértil para os que sabem aproveitá-la. Já que não dá para sair, o jeito é pensar!


Mas pensar me dá sono e logo volto a me enrodilhar e dormir. Quando acordo me vem uma das frases, lidas ontem, na cabeça: “penso, logo, existo”. Eu penso, logo existo? Será? Será que meu amigo realmente pensa? Será que ele existe? Mas... Se a cadeira e o sofá não pensam... Não existem? Ou será que os criei porque penso? será que eu realmente penso ou será que eu imagino o tempo todo? E qual é a diferença entre eles? Pensar não é imaginar? O que é real? O que é ilusão?


O que é um simulacro? Sou um simulacro? Um lacre simulado fechando uma torrente de coisas que eu sou? Tantas máscaras impostas desde a infância que fica difícil saber quem realmente sou. Procuro os rótulos dados pelos outros e insisto em me encaixar em um ou outro (geralmente os mais aceitos pelas pessoas).
 
Todos esses pensamentos me foram esmagados pela realidade, pois meu amigo deixou o livro de Baudrillard de lado, me chamou “venha Susi Sontag”, seguido de um "pst, pst" e colocou leite em minha tigela.

Este texto faz parte de meu livro de contos: "Novelos nada exemplares"  - caso tenha interesse em adquirir, mande um e-mail para mim. Obrigada!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

REAL - lançamento de meu livro no Museu Guido Viaro!

LANÇAMENTO de meu livro no Museu Guido Viaro...
Noite linda com bons amigos...

.
.

Alguns dos amigos que foram até lá...



Quem perdeu...
não se preocupe...
Muito provavelmente haverá mais noites de autógrafo...
inclusive em São Paulo e no Rio de Janeiro...
AGUARDEM!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FICÇÃO - ERRATA


Lá vinha ele todo faceiro, chegava de mansinho e me tocava o corpo suado.


Dias de folga, ele gostava de brincar:


_ Diz ócio!


_ Ócio!


E assim o dia nos levava. Chegava a noite e nos encontrava mortos.


Domingo, ele chegava, de novo todo faceiro e pedia o almoço. Me tocava, caso o almoço não estivesse pronto, e me levava para a cama.


Depois de minutos eu sentia meu corpo suado...


Quando estava faceiro, ele gostava de brincar. Nossos corpos se juntavam, se separavam, juntavam-se de novo.


_ Diz ócio!


_ Ócio!


_ Diz ócio!


_ Ócio!


De noite, nossos filhos nos encontraram no quarto: mortos!




 Errata:


Onde se lê: faceiro, leia-se: cachaceiro.


Onde se lê: tocava, leia-se: socava.


Onde se lê: suado, leia-se: usado.


Onde se lê: brincar, leia-se: brigar.


Onde se lê: _ diz ócio!, leia-se: Divórcio!


Onde se lê: Ócio!, leia-se Ódio!


Onde se lê: mortos, leia-se: mortos.


Este meu conto faz parte do livro Novelos nada exemplares...
Alerto:
Mulher NÃO é capacho e não deve aceitar sequer agressões verbais!
Viva sozinha e feliz se for o caso!
Denuncie caso o abuso não seja só verbal!



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"REAL" - Nuvens de Van Gogh



Nuvens de Van Gogh...


pintadas no céu...


percebidas por.. oh!


(foto by Susan Blum - janeiro de 2010 - Brejatuba)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Real - ATAQUES GRATUITOS

Cada vez me espanto mais com os seres humanos.
A cena que vi na televisão hoje me deixou estarrecida e... sem ação. Rapazes que atacam outro sem motivo aparente! Com lâmpadas!
Sou TOTALMENTE a favor do desarmamento. Sou contra a pena de morte.
Mas sempre que vejo cenas assim, me pergunto se para certos casos não se deveria abrir exceções.


Tenho NOJO e PENA de advogados que aceitam defender pessoas (posso chamar de pessoa???) para mim, ANIMAIS, que agem dessa forma.
Desculpas? não há... mesmo que ele tivesse feito uma gracinha (o que pelo vídeo deixa claro que NÃO houve nada neste sentido), mas digamos que TENHA havido... é desculpa para um ataque brutal? só se ele não tiver certeza de sua "macheza"... e mesmo assim não há desculpas! Então, para eles e para os homofóbicos de plantão.... deixo pequenos presentes... lindas imagens do AMOR! Sim! Do amor! Seja de que forma for... prefiro o amor do que a bestialidade ...

 Quem quiser mais sobre o caso, que NÃO foi isolado, eles atacaram outras pessoas antes, vejam em http://flitparalisante.wordpress.com/2010/11/19/

e agora mais presentes aos homofóbicos de plantão!


Perdoem o desabafo... mas este tipo de coisa me tira do sério! Tem havido MUITOS casos de inadequação por parte de muitos "seres humanos".
Vivam com amor e deixem as pessoas viverem suas vidas como escolherem (eles não estão prejudicando ninguém! Estão apenas amando... façam o mesmo!!) 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

REALIDADE - NASCEU ! ! !

do pó de ideias soltas... das réstias de imagens... surgiu, qual fênix das cinzas ou Vênus que nasceu das espumas do mar...meu filhote lindo:

NOVELOS NADA EXEMPLARES


Agora é mais que real...

Caso queira adquirir seu exemplar, hehehehe, pode me procurar!


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

EMPATIA

Ter empatia.
Sou professora. Iniciei minha carreira com 17 anos de idade, fazendo o cursinho e ao mesmo tempo dando aula em um Jardim de Infância. Fiz a faculdade de Psicologia ainda dando aula para outro Jardim de Infância. Adorava o respeito, o carinho, mas principalmente a inteligência e curiosidade das crianças.
Percebia a empatia imediata de ambas as partes.

Depois, dei aula durante anos em uma ONG para menores carentes, para serem aprendizes em empresas. Tive alguns problemas sim, mas ainda havia muita empatia. Muitos dos alunos me respeitavam, me "protegiam" das gangues (poucas...), me adoravam.
Fui dar aula na faculdade FAC e FAPAR. Alunos fantásticos!! Alguns tinham dificuldades na aprendizagem, mas todos me respeitavam (exceção de um ou dois), e havia MUITA empatia.


Saí das faculdades e da ONG e entrei na Universidade Positivo.
O que percebi? Muita diferença. Claro que há alunos bons que querem aprender, que querem se desenvolver, que tiram dúvidas, mandam e-mails, trocam ideias, conversam pelos corredores, pedem ajuda com livros. Mas devo confessar que a grande maioria me causa "arrepios".

Alunos que não se dedicam, não estudam, não buscam.
Um exemplo: falei de seminários que teriam que apresentar agora em outubro. Quando falei dos seminários? Dia 26 de JULHO! Repeti o procedimento dos seminários em agosto, em setembro e início de outubro. Quantos tinham decidido que conto/romance/crônica ou poema trabalhar? metade (e olha lá!).
O desinteresse, a falta de bagagem cultural, as perguntas básicas sempre sendo refeitas a cada instante (tanto que agora, além de falar ao VIVO, escrevo no quadro e deixo avisoSSS no portal) e sempre tem algum aluno que pergunta DE NOVO e apenas aponto para o quadro!
E mesmo assim as mesmas perguntas de sempre após UM ano comigo: "o manuscrito é à mão?"
Juro, por vezes dá vontade de dizer... "Não... manuscrito é digitado! heheheh"  Como vou avaliar a escrita deles se fazem digitado? Tá certo que mesmo digitando eles cometem erros diversos, mas outros erros o word corrige automaticamente. E quando estes alunos forem preencher alguma ficha lá fora escrevendo:
"agente queremos emprego, por que não é excessão. Porisso oque precisamos é de istudo" ??
Isso mesmo, estes erros todos são comuns na escrita de muitos deles. E mesmo após a explicação de quando usar por que, porque, porquê, por quê.. mesmo explicando que é exceção, por isso, estudo, a gente, o que, etc...
Não estou querendo aqui bancar a grossa em expor alunos. Mesmo porque não cito nomes. Mas fico imaginando qual o futuro do Brasil se muitos universitários não buscam o aperfeiçoamento pessoal e profissional. Culpa de quem? Não sei... espero que não minha!
Eles não sabem quem foi Beethoven, JK, Salvador Dalí, Dalton Trevisan, Clarice Lispector, Magritte, e tantos outros nomes que cito em aula. Nem vou começar a falar aqui do problema de plágio! Melhor deixar para outro post.
Mas estou falando de empatia, e fugi do tema. Trabalho em sala dois textos.
Um sobre o paradigma (dos macacos presos na jaula que levam banho de água fria) e dos macacos que  passam fome para não ver outro macaco sofrer. (caso haja interesse ver em http://www.youtube.com/watch?v=g5G0qE7Lf0A
e http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=45543
E fico pensando até que ponto nos falta empatia para respeitar ao outro que está falando em um seminário, dando aula, explicando algo (seja professor ou aluno, ou seja, colega de classe).
Por vezes penso que eles se sentem tão acima dos outros que são como as ovelhas que olham as colegas sendo mortas e nem dão bola, por acharem que o mesmo nunca vai acontecer com elas.
Metáfora demais?
Então talvez seja melhor apenas observar a foto. E... quem sabe.... ter um pouco de empatia....


The Hidden Death by Tommaso Ausili, courtesy of the Sony World Photography Awards


Afinal, hoje nós estamos olhando, 
amanhã, podemos estar pendurados!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PRÉ-ESTREIA DE TROPA DE ELITE

Caros leitores.
Tive uma oportunidade única na vida: assistir a pré-estreia de TROPA DE ELITE 2.


Estar lá em Paulinia, entrar naquele teatro lindo (mesmo que tendo que deixar o celular e a máquina digital na entrada), valeu a pena.
CLARO que não vou contar que no final do filme acontece algo espetacular..... que é...


hehehe
vocês não acharam que eu falaria, né?
Mas pelo menos algumas fotos do evento eu posso colocar aqui!



O que eu posso falar então?
Bem, quem gostou do Tropa de Elite deve assistir a este.
Tem surpresas legais, bom humor, etc...


A pré-estreia foi divertida, com quebra de protocolo de "apresentações" e agradecimentos quando chamaram o Marcos Prado que pediu que a produção e o elenco presentes subissem ao palco... e lá vieram eles, rapidinho, sorridentes. Também ansiosos para assistir ao filme.

O clima de descontração vigorou... Padilha brincou antes de descerem do palco que estava preocupado em onde eles sentariam (pois o teatro estava cheio).
Logo depois o filme iniciou. Posso dizer que tiros, sangue, brigas e eventos mais fortes foram mesclados com sabedoria com o humor.
Bom. Apenas repito: assim que sair nos cinemas... assistam. Vão gostar!

(foto: reflexo do teatro na Prefeitura de Paulinia, logo em frente)
Curiosidades:
na festa que teve após a exibição (no hotel onde estavam produção e elenco) o André Ramiro me deu beijinhos no rosto, bem sorridente, dizendo que me conhecia de algum lugar... quem me dera! hehe
Uma hora eu vi uma cópia pirata na mão do Marcos Prado... susto imediato seguido de uma escuta "clandestina": era um "presente" da turma do CQC.
ah... o Wagner Moura é bem simpático. E o Padilha é o bom humor em pessoa!


(fotos do blog: todas minhas... assim, quem copiar, deve me citar obrigatoriamente. Obrigada!)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reciclar

A moda agora é reciclar. Faz tempo que é moda, mas percebo que a força vem crescendo a ponto de até "os ricos" começarem a "não ter vergonha" de usar bolsas, valises e até pastas recicladas (claro que é mais para se "mostrar" politicamente correto do que por gosto, mas acho isso bom!)
Os 3 ERRES (reciclar, reutilizar e reduzir) são realmente importantes.
Claro que não vou ficar batendo em uma tecla já gasta (nada contra minhas teclas gastas e quase apagadas - algumas realmente apagadas - de meu note).
Nem vou falar poeticamente da reciclagem de pensamentos e sentimentos, também assunto batido e comum.
Claro que precisamos reduzir sentimentos de raiva e frustração, reutilizar sentimentos amorosos quase engavetados em nosso "velho" coração ou reciclar ideias desbotadas enfiadas entre as gretas secas de nosso cérebro (mera alusão à terra seca e às "fendas" de nosso cérebro).


  Mas não é disso que gostaria de falar (e mostrar) aqui.
Hoje estava "folheando" a internet, procurando imagens para fazer um power point sobre pontos de vista e me deparei com um site lindo.
Antes de apresentá-lo, vou aproveitar duas imagens para provocar uma reflexão sobre reciclagem...

O empresário camaleão visitou a cartomante
para descobrir qual seria a "moda" da próxima era, pois queria investir em algo seguro.
A cartomante, observando com muitos olhos sua
"bola de cristal" disse:

- Vejo que recusar, refletir, reduzir, reciclar, reutilizar, reaproveitar serão a base de um futuro próximo.
O camaleão, acostumado ao novo, a sempre refletir coisas novas, ficou intrigado. Aproximou-se da bola e viu:
Imediatamente compreendeu duas coisas: que os seres humanos são MUITO irresponsáveis (afinal, jogar lixo, principalmente garrafas, no mar é loucura) mas que os animais, mais inteligentes que eles, estão se aproveitando dessa irresponsabilidade. E partiu para um novo negócio...

Enfim, esta pequena e boba "história" é apenas para que paremos e percebamos o que estamos fazendo com o mundo e conosco. 

E, já que estou falando de reciclagem, também convido os meus poucos leitores a visitarem dois sites que provocam, cutucam e fazem estremecer nossas ideias e sentimentos: os blogs dos professores Adonai Santanna e Paulo Venturelli. Vale a pena longas visitas! 
fotos tiradas de
http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2010/09/24/concurso-premia-as-mais-belas-fotos-registradas-na-natureza/

terça-feira, 22 de junho de 2010

do cinza ao colorido




CINZA PLÚMBEO
risco rosa choque arisco
pinceladas amarelo alegria
gota vermelha tesão
uns respingos azuis de toques macios
espaços brancos de solidão gostosa
movimentos vangoghtianos de revolução
movimentos de borboleta no estômago
retrato amoroso de explorações
tintas grossas, tintas fluidas
aquarelas de óleo
circunvoluções de silfos e sílfides
esparramo.. tintas.. pincéis.. emoções.. descobertas..
coração arisco..
pássaro livre.



Obrigada por colorir minha vida...

http://www.youtube.com/watch?v=nkvLq0TYiwI

sábado, 19 de junho de 2010

16 de junho atrasado - blog também é cultura



Bloomsday – 16 de junho


Não, não é o dia da Blum... hehe

O que é Bloomsday?

Creio que é o único feriado existente baseado na literatura! Ele é comemorado na Irlanda, todo dia 16 de junho, em homenagem ao livro de James Joyce: Ulisses (umas 900 páginas). (ah. pesquisei e descobri que também há feriado para outro livro: a Bíblia).

O Bloomsday não é só comemorado na Irlanda, mas também pelos amantes da literatura em todo o mundo (inclusive aqui em Curitiba)! Muitas dessas comemorações procuram relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens de Ulisses pelas ruas da cidade de Dublin.

Do que se trata o romance? Ulisses relata a odisséia do personagem Leopold Bloom durante 16 horas do dia 16 de junho de 1904. O livro é um marco da literatura contemporânea e traz um diálogo muito rico e cuidadoso com a Odisséia de Homero.

Sinceramente, eu não conseguia passar das 30 primeiras páginas e já ia desistindo. Até que tive a ideia (quando aluna de Letras na UFPR) de solicitar uma disciplina específica sobre o livro. Maravilha! Um professor topou (obrigada Bueno) e uma pequena, mas maravilhosa turma, iniciou a leitura para discussões em sala. Foi um semestre rico. Não só li o livro inteiro como consegui compreender as mil nuances do escrito.

Achei em um blog algumas fotos de uma “certa pessoa” lendo Ulisses. Se estava realmente lendo ou apenas posando, eu não sei... mas achei interessante ilustrar o blog com ela.


Joyce escolheu o dia 16 de junho para ser imortalizado em sua obra porque foi nesse dia que ele teria mantido relações sexuais com sua futura companheira Nora Barnacle, na época uma jovem virgem de vinte anos. Estudiosos afirmam que, na verdade, o casal apenas “caminhou junto” pela primeira vez neste dia. O que sabemos é que, quando da primeira relação sexual, Nora teve medo de completar o coito e o masturbou “com os olhos de uma santa”, como Joyce relatou em carta.


Sobre o romance, diz Joyce: Eu coloquei nele tantos enigmas e quebra-cabeças que ele manterá os professores ocupados durante séculos.

Então, 16 de junho é o dia de comemorar a existência do duro, engraçado, divertido, complicado, sexual e erudito livro de Joyce. Lembremos de Leopold Bloom, de sua mulher Molly, de Stephen Dedalus e de Buck Mulligan!
Como diria Molly: sim.. sim.. sim.. sim..

Obs.: A foto de Marilyn Monroe lendo Ulysses é de autoria de Eve Arnold (1955).
curiosidade: quando Dalton Trevisan me dá livros autografados, ele sempre coloca para Susan Bloom (heheh) 

Relação: A figura de Ulisses transcendeu o âmbito da mitologia grega e se converteu em símbolo da capacidade do homem para superar as adversidades. Segundo a versão tradicional, Ulisses (em grego, Odisseu) nasceu na ilha de Ítaca, filho do rei Laerte, que lhe legou o reino, e Anticléia. O jovem foi educado, como outros nobres, pelo Centauro Quirão e passou pelas provas iniciáticas para tornar-se rei. A vida de Ulisses é relatada nas duas epopéias homéricas, a Ilíada, em cuja estrutura coral ocupa lugar importante, e a Odisséia, da qual é o protagonista, bem como no vasto ciclo de lendas originadoras dessas obras.

Depois de pretender sem sucesso a mão de Helena, cujo posterior rapto pelo tebano Páris desencadeou a guerra de Tróia, Ulisses casou-se com Penélope. A princípio resistiu a participar da expedição dos aqueus contra Tróia, mas acabou por empreender a viagem e se distinguiu no desenrolar da contenda pela valentia e prudência. Na pintura, ele resiste ao canto das sereias, querem metáfora mais interessante sobre a resistência que os homens comprometidos (Penélope o aguardava totalmente pura e casta) devem ter aos múrmurios sedutores de muitas "sereias" por aí que querem "afundar" os homens?  (aliás, não é à toa que coloquei a Monroe.. pensem..Jackie - morena, Monroe - loira..)

REAL - CRIADORES DE PORCOS - O MUNDO FICOU MAIS CEGO



Os avós eram criadores de porcos... e a mãe faxineira... todos analfabetos.

Deles, veio um ser humano que conseguiu modificar parte do mundo, com seu jeito crítico, por vezes cínico, ateu, questionador, humano (por vezes sorridente e paciente, por vezes humano demasiado humano e cansado dos fãs que o perturbavam tanto). Saramago: sua origem pobre deu-lhe um olhar diferente sobre as coisas.


Um dos grandes feitos realizados por ele, foi conseguir o prêmio Nobel de literatura para um autor de língua portuguesa. Acredito que uma porta aberta para novas possibilidades...

Tenho um carinho especial por este homem seco, de olhar duro, de sorriso não farto. Quando ele esteve aqui em Curitiba, eu fui, estava com livros na mão... mas não consegui a senha para autógrafo (só distribuíram cem), porque em vez de entrar fiquei esperando do lado de fora algumas amigas.. se soubesse das senhas, teria entrado bem antes e conseguido a assinatura dele em meu livro. Mas no papel, dentro do livro vocês lerão “vale uma assinatura do Saramago”. Heheh

Não fiquei triste com a notícia de sua morte pois sei que ele precisava descansar. Viveu bem, viveu um grande amor ao final da vida... tinha tudo o que queria. Não acreditava em Deus e sinceramente por vezes duvido também, por permitir que pessoas “estudadas” sejam tão menores que um homem simples como ele.

Sei de muitas pessoas em outros blogs que falam dele, mas sequer leram algo. Para os que não leram, ou os que só leem os “livros mais vendidos”, leiam Jangada de Pedra e reflitam... reflitam sobre a falta de humanidade de hoje de em dia. A falta de respeito, as mentiras tão comuns, as falsidades, as traições dos seres humanos que não assumem seus erros. Saramago era visto como duro, porque realista: escancarava a maldade humana... a cegueira humana... e o mundo ficou mais cego na data de 18 de junho de 2010.
p.s. não escrevi nada ontem por vários motivos: estava na banca de defesa de um jovem promissor. Morre Saramago, mas nascem outros nomes. Guardem este: Jean Snege. Tenho certeza ABSOLUTA de que será um nome destacado na literatura de Curitiba, do Brasil e quiçás no mundo. Depois, à noite, passei horas conversando com uma pessoa MUITO especial... enfim, foi um dia gostosamente atribulado!  

terça-feira, 15 de junho de 2010

OBRIGADA

14 DE JUNHO DE 2010

após uma manhã maravilhosa, com uma aula deliciosa, com apresentações de seminários fantásticas, com alunos sorridentes e brincalhões...
casa... almoço... interfone - porteiro avisa que chegou algo.
Desce.
uma linda caixa chegou de São Paulo.


abre..

flores! Lindas!


mais um presente!


e um lindo cartão!

XXXX
"Se um dia me perguntarem o que me faz feliz, eu não tenho dúvida e responderei, com a segurança de um equilibrista, que não se deixa temer pelo desafio de estar no alto, preso por apenas um fio, o que me faz, e fará feliz é o amor..."
vc. é a mais grata surpresa que eu poderia ter pedido aos céus.
Bjs
YYYY

Flores perfumadas no peito,
sorriso na alma e aconchego de vida!

sábado, 12 de junho de 2010

REFLEXÃO: EQUILÍBRIO


Tive um relacionamento (tem verbos que ficam tão lindos no passado) em que ele dizia que relacionamentos era como a história do pai e da filha que eram malabaristas em um fio. A filha estava em cima do pai, um dependia do outro, porém o pai dizia para a filha para não se preocupar com ele, só com ela. Ela tendo equilíbrio, ele teria também...


Oras, isso não funciona dessa forma nem neste caso (profissional – afinal, se ela ou ele se desequilibram, o outro deve compensar o desequilíbrio) e muito menos em relações de namoro (em que NÃO estamos em cima de ninguém!!). Em uma relação de namoro devemos estar AO LADO do outro.

ORAS, QUALQUER um sabe que temos que ser pessoas equilibradas (isso é óbvio). É a velha historia do amor verdadeiro: não é um olhando para o outro, mas ambos olhando para a MESMA direção!

Se estamos ao lado de uma pessoa que AMAMOS claro que a pessoa, ao se desequilibrar, deve receber nosso apoio, sem descuidarmos do nosso. É o que procuro fazer sempre: ajudar ao outro.

Então, não estamos em um FIO (não é um jogo ou um perigo – quem vê relacionamentos dessa forma, deve procurar saber porquê o vê assim). É um “passeio” de descobertas no chão (sem voos) com passos realistas e brincalhões (com leveza, sem peso) Esse é o verdadeiro relacionamento. A construção natural e SINCERA de uma história, com cumplicidade, confiança, sensação boa de aconchego real.

É uma borboleta se abrindo no peito, trazendo flores perfumadas de felicidade... não é peito rasgado com dor!

Obrigada por aconchegar minha alma!!

FELIZ DIA DOS NAMORADOS

a todos os meus ex, os meus futuros e os meus atuais "namorados"... hehe

Reflexão...


Quem não tem namorado – Carlos Drummond de Andrade


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.'

sexta-feira, 11 de junho de 2010

FICÇÃO - CHATONILDA FRANZINA



Francesa radicada no Brasil, Chatonilda, que se dizia Chantal por achar mais chique, só era franzina no sobrenome... pois comia feito uma porca tudo que aparecia pela frente. Lavagens eram devoradas por ela de forma sistemática e profunda! Além disso, estava envelhecendo rapidamente, percebia com horror profundo as rugas e os fios brancos que denotavam sua idade periclitante! Pobre francesa!
Como não tinha o que fazer da vida, aborrecia as pessoas. Chata como nunca, criava falsos personagens no Orkut e achava que estava abafando... coitada! As pessoas sentiam muita pena dela, pois não tinha amigos. Os poucos que conseguia logo percebiam como era chata e nojenta e tratavam de se afastar.
Mulher perigosa, pois muito burra e venenosa, ela criava falsos e-mails e perdia precioso tempo em que poderia se tratar com psicanalistas ou fazendo dieta. Mas preferia usar suas horas modificando fotos e fuchicando a vida de todos que dela se afastavam.
Um dia ela se perdeu em seus delírios (acreditou ser Norman e Suzie) e se atirou do viaduto do Chá em São Paulo. A escolha deste viaduto talvez seja alusão à comida (como sempre), ou talvez como diminutivo de seu nome de chata! Coitada!

p.s. este conto é em homenagem a todas as pessoas que perdem tempo forjando falsos perfis no Orkut para ameaçar, incomodar ou perseguir pessoas inocentes. Lanço a maldição cigana: te desejo em dobro tudo que me desejares!!

sábado, 5 de junho de 2010

AMOR DE GATO


Eu quero um amor de gato. Não quero um amor de cachorro, que pula, que late, que lambe, que exige, que quer, que deseja...

Quero um amor de gato, um amor esquivo, com muita troca de olhares, de vir de mansinho (sem pressa de chegar), de só então se aconchegar e deixar.

Não quero um amor estridente, barulhento, de momento (apenas na chegada e na saída).

Quero um amor calmo, que se firme aos poucos, que tenha respeito, que procure confiança (isso não significa um sexo morno, pois basta ver o sexo dos gatos!)

O cachorro está com você, mas pode a qualquer momento correr para os braços de uma cachorrinha que  passa balançando o rabo. Logo cansa de você, depois de pular e lamber e já corre para brincar com outros. Mesmo sempre retornando quando precisa de comida, de segurança, quando está carente e quer carinho.

Já o gato, depois que te escolhe, depois que decide, não engana, não mente, não trai. Ele é independente e não precisa de sua comida ou carinho... quando busca você, é porque quer DAR carinho e não receber (ele pode até estar lhe trazendo um rato morto de presente). Nunca mais o abandona!

Não é à toa que chamam os homens de cachorro... o que leva um ser humano a mentir, trair, enganar e depois aparecer com o rabinho entre as pernas, se dizendo arrependido, querendo voltar para o aconchego dos braços da ex? Não! quero o homem autônomo, independente, que sabe tratar os revezes da vida com cabeça erguida, sem medo, sem grosserias, com elegância!

p.s. pessoal, caso alguém precise de viagra ou remédios, tenho recebido diariamente em minha caixa postal, meia dúzia de propagandas de remédios, há uns dez meses.. cortesia de uma "farmacêutica".

 ah.. para quem não acompanhou a historia do gato que ficou com seu dono mesmo após a morte, veja em http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/05/gata-nao-abandona-o-dono-nem-depois-da-morte-dele.html

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